Capoeira é história

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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Ouro de tolo

Ao nobre leitor, aquele que desprevenido começou a ler esse desabafo, o texto ouro de tolo que se segue é para descrever o inverso da sustentabilidade, da simplicidade e da discrição. Às vezes me sinto um chato completo, mas é que de uns anos para cá, tenho evitado certos tipos de pessoas, peculiarmente as ostentadoras, são homens, mulheres, ricos ou pobres, pois transcendem a questão de gênero, classe social e também a da etnia. Ler um livro, definitivamente, é melhor do que um papo enfadonho, neste intuito esse que vós narra vem se esquivando de conversas mais demoradas com pessimistas e também, não posso esquecer, os ostentadores, os derradeiros me incomodam pelo fato de que ostentar não é uma ação que se faça sozinho, tem que ter plateia, se possível babando de inveja. E para meu descontentamento sou constantemente alvo de tais tentativas, é sério, imagine ficar meia hora conversando com uma pessoa que prefere comprar um carro caríssimo, e economizar em saúde, em educação, comendo mal, morando mal, perdendo dentes para pagar um financiamento de um símbolo do ter para chegar ao orgasmo mostrando aos outros, o ápice do gozo, me desculpem o termo, é em ter um possante para compensar a falta de humildade. Olhem não me interpretem mal, gosto da riqueza, quero que todos sejam ricos, no mundo todo, inclusive eu, mas é que quando uma pessoa mede a sua felicidade em ter, é como encontrar o ouro do tolo, é vender a alma, é perder a essência. Não tenho inveja, nem despeito, ter inveja dos outros é muito mesquinho e disso estou fora. Quem é abastado, que zele por sua bonança, triste é quem acha que a vida é só ter, tendo ou não, só possuir, ruminar o flagelo do consumismo exacerbado. A hipóstase do ter, do consumismo como felicidade, contamina todas as instituições, apartam quem tem dos que não tem, não é uma questão de meritocracia, mas sim uma questão de falta de humanidade. Compreenda como a infestação da “febre do ter” domina o congresso, como é pernicioso este “Estado febril”, esse axioma dogmático. A sustentabilidade, de forma geral, é você ter o que precisa para viver com qualidade de vida, não precisa de ostentação, nem de consumo em exagero. Assim pode-se garantir a sustentabilidade para os que ainda virão. Álisson Lopes

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