Capoeira é história

Capoeira é história
capoeira é história de libertação

domingo, 20 de julho de 2014

O sol é para todos

O sol de ofício abrasa as costas do trabalhador, É arguto o que se esquiva da eficiência solar nos momentos mais radiantes em terras terrestres; Na vida que aprendi nos quartéis em baixo do sol, aqueles que me quebraram, me domesticaram com doutrina e dor, tinha como mantra em suas paredes e bocas de fardas que “ o sol é para todos e as sombras para alguns”; É arguto o que se esconde nas sombras? Que deixa a maioria ao sol; É infeliz o que se reflete ao sol? Pago pelos vendedores de tranquilidade e subordinação; Admito, nunca fui um exímio vendedor, já me iludi e iludi uns tantos em matutar em vender ideias. Entretanto, em meio a tantos contratempos, faz um bom tempo que socializo meus sonhos, para junto com outros e também seus sonhos, tornarem tudo esperança. A crise de representatividade não atenta só contra minha musa democracia, amor platônico, mas a fé na retidão humana rumo ao progresso progressista, ou que seja, ataca também a outra via, aquela que serpenteia pelo caminho em busca de um raio de sol, a evolução, sim a revolução da vida. O sol é vida e morte nas costas de quem abraça. A sujidade de quem usa o sol como instrumento de sevícia é também a que destrói a crença na solidariedade. Acredito em Deus e ele é solidariedade e sol; Se tu esperas fórmula para vida, acomoda-te na longa fila de espera, porque em determinado momento tudo que você acredita pode não fazer sentido ou parecer perdido; Aí, meu pobre, não haverá razão para você, ou então, mostre tua intuição, tua metafísica, que tenta se explicar mais não consegue; É assim que se acha o caminho, talvez, se perdendo, não quando se traça sem perder, mas quando se perde e tem que voltar. Veja o sol e lembre que olhei para ti. Álisson Lopes

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